Toxicologia ambiental
A toxicologia, comumente definida como a ciência que estuda os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos vivos e avalia a probabilidade da sua ocorrência, claramente estabelece a avaliação de risco e a predição como componentes integrantes desta disciplina. Não faz muito tempo, a toxicologia era considerada como uma parte da farmacologia, restrita à profissão médica, que tinha como objetivo principal o diagnóstico e tratamento das intoxicações humanas com medicamentos e produtos naturais.
Com fins práticos e didáticos a toxicologia pode ser dividida em cinco áreas de interesse: toxicologia de alimentos, toxicologia ambiental, toxicologia de medicamentos, toxicologia ocupacional e toxicologia social. Nestas cinco áreas podem ser considerados três aspectos: analítico, legal e pesquisa (Moraes,1978). Alguns toxicólogos baseiam as subdivisões da toxicologia nos tipos de substâncias e nas circunstâncias em que ocorre a ação tóxica. Ariëns e col. consideram a toxicologia ambiental como subdivisão desta ciência que trata da poluição com conseqüências toxicológicas para o homem, da poluição que produz mudanças na biosfera e alterações no equilíbrio biológico e da poluição que afeta a estética do ambiente. Distingue também entre poluição química, na qual o ambiente é afetado pela ação química dos poluentes e a poluição física, como por exemplo a poluição térmica causada pelas usinas elétricas; a poluição do ambiente com produtos persistentes e os produtos inertes sob o ponto de vista químico e bioquímico, como as embalagens de plástico e os resíduos radiativos (Ariëns e col., 1976).
Para Hodgson e Levi (1987), a toxicologia ambiental inclui a movimentação dos toxicantes e seus produtos da biotransformação no ambiente e nas cadeias alimentares e o efeito de tais contaminantes sobre indivíduos e populações.
A medicina e outras disciplinas deveriam ser encorajadas a dar maior atenção a todos os