Torcidas Organizadas Brasil
O esporte do POVO para o POVO!
O esporte do povo para o povo, diga não à elitização do FUTEBOL!
Texto dessa semana do quadro "História das Organizadas no Brasil"
No futebol do Brasil dos anos 20, período chamado de “amadorismo marrom”, não havia ainda a profissionalização, mas esses anos foram importantes porque marcaram algumas mudanças no futebol brasileiro, como o início da transição de esporte de elite para esporte popular e também período da inclusão de jogadores negros nas equipes. As elites defendiam o amadorismo como forma também de manter o esporte exclusivo da elite branca. Mas muitos trabalhadores aderiram ao esporte e fundaram seus próprios clubes, os chamados “clube do povo” por permitirem a participação de todas as raças e classes sociais. No sistema organizativo da "pré-profissionalização" os jogadores recebiam pagamentos por jogo, sem vínculos com os clubes. Os valores pagos dependiam dos resultados e do desempenho do atleta, era um sistema parecido com o que hoje chamamos de “bicho”, só que o “bicho” hoje é um bônus, não a remuneração única. Posteriormente, a partir dos anos 30 é oficializada a profissão de jogador e se consolida o processo de profissionalização do futebol brasileiro.
A profissionalização significou o aumento na presença de público, sobretudo das classes mais populares, e dos negros envolvidos no esporte. Essa mudança no trato com o futebol favoreceu a expansão e a popularização, coisa que em permanecendo amador poderia continuar restrito as elites. Mas isso ocorreu pela força de trabalhadores que criaram seus próprios clubes e por conta do futebol ter sido desde o começo um forte elemento na construção da identidade nacional. Também não demorou muito para que os interesses econômicos da época percebessem que uma maior presença de público nos estádios também era algo rentável. Esse contexto ajudou na ideia de construção de estádios com capacidade para