Topico 29748

Senso comum e a
Filosofia
Orientar o aluno para que diferencie o senso comum do pensar filosófico, sobretudo pelo seu caráter dialético.
Em sua obra "Educação: Do senso comum à consciência filosófica.",
Demerval Saviani nos alerta para o resgate da palavra "problema" (SAVIANI, 2007).
A palavra "problema" ao longo do tempo adquiriu um sentido coloquial que esvaziou seu potencial filosófico, de suma importância para todo aquele que busca a verdade.
Semelhantemente às distorções da palavra "crítica", o "problema" é entendido vulgarmente como qualquer situação a ser resolvida, qualquer coisa que não sabemos, a tudo que se apresenta como obstáculo à harmonia cotidiana.
Na verdade, em Filosofia o "problema" sempre surge como aquilo que é preciso saber para se transformar a realidade, como algo que devemos saber para fugir do senso comum e conhecer a plenitude das coisas. (SAVIANI, 2007)
O termo senso comum é apresentado como um saber geral, não científico, algo que os costumes e tradições nos legaram, sem que tenhamos por prática refletir sobre suas afirmações ou negações.
Ao contrário do senso comum que não entende o "problema" em sua profundidade e dimensão, a Filosofia é feita de "problemas" que sempre almejam a totalidade da vida em busca de tudo o que está para além da aparência e da crença.

A Filosofia da Educação é uma disciplina e um pensar crítico que tem em vista sempre as questões e os problemas da Educação enquanto instituição, enquanto prática, enquanto meio de vida, profissão ou relacionamento entre os indivíduos.
Assim, "problema" não é perguntar coisas que uma mera pesquisa pode responder, mas entender o porquê das coisas, sua conformação mais autêntica, suas razões mais originais. "Problema" é o estímulo para que se faça as indagações pertinentes e a partir destas empenhar a razão nas respostas mais esclarecedoras e coerentes.

A Filosofia exige a reflexão sobre algo, encontrando respostas através de métodos e explicações científicas.
O senso comum é o