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Nada mais humanidade verdadeiro. “Humanidade” é uma abstração vazia, um daqueles conceitos universais que são “a última fumaça da realidade evaporada”, para usar uma expressão de Fred Nietzsche. Já a noção é algo vivo, que pode mobilizar, encantar, fascinar.
No Brasil, o adversários do nacionalismo – os intergrantes da poderosa quintq-coluna-tentam, é claro, sempre caricaturá-lo. No debate econômico, essa caricatura apóia-se frequentemente na dicotamia aberta “versus” economia fechada. Apresentam o nacionalismo como um movimento político e cultural que tende ao isolamento, à autarquia e à rejeição pura e simples de tudo o que vem fora. Não é necessariamente assim. A forma superior do nacionalismo é aquele que monstra aberta a elementos estrangeiros e consegue absorvê-los e incorporá-los e incorporá-los de forma criativa e inovadora. É o que Fernando Pessoa chamava de “nacionalismo cosmopolita”. “O que é preciso ter”, dizia ele, “é uma noção do meio internacional, e não ter a alma (ainda que obscuramente) limitada pela nacionalidade. Cultura não basta. É preciso ter a alma na Europa.”
O nacionalismo, explicava Pessoa, é um “patriotismo ativo”, que pretende defender a pátria de influências que possam danificar e perverter a sua “índole nacional”. Mas as influências estrangeiras úteis e aproveitáveis devem ser “assimiladas, isto é, convertidas na substância da índole nacional”.
Nacionalismo não implica agarrar-se cegamente a tradições nacionais e excluir valores e ensinamentos externos. O importante, lembrava