Tipos de Preensão
O uso das mãos está presente num grande número de atividades realizadas pelo homem, desde aquelas relacionadas à vida diária, até as de ordem ocupacional e recreativa. Assim, além de ter uma importância no que se refere às atividades vitais de um indivíduo, o uso da mão pode ser considerado como um meio de integração social.
Vários estudos têm sido realizados para avaliar a incidência das disfunções musculoesqueléticas relacionadas às atividades de manuseio1,2. O que tem sido observado é que as atividades de manuseio afetam principalmente os membros superiores e tronco. No entanto, apesar de existirem muitos estudos avaliando a sobrecarga musculoesquelética presente nas tarefas de manuseio de cargas e seu efeito para a coluna vertebral, muito pouco tem sido estudado sobre os efeitos dessa tarefa para o punho. Vários parecem ser os fatores que influenciam a ocorrência das lesões durante o manuseio, dentre os quais, o peso e o tipo da carga manuseada 1.
Ilda3 relata que o formato da carga é uma condição que influi na preensão utilizada, pois objetos cujos formatos se aproximam da anatomia das mãos, proporcionam maior contato destas com o objeto permitindo maior firmeza de preensão. Nesse caso, uma quantidade menor de força é utilizada, facilitando assim, o manuseio. Enquanto que, um objeto maior necessita de mais força para mantê-lo e um número maior de segmentos corporais são recrutados para estabilizá-lo.
Um outro fator importante para a preensão é a posição das mãos e punhos, pois a força gerada na preensão é maior quando a mão está em posição neutra ou em pequena extensão, e é reduzida quando o punho está flexionado ou lateralizado. O desvio ulnar resulta em uma perda de 25% da força de preensão, e o desvio radial pode estar associado a uma perda de 20% da força4. As características individuais do sujeito devem também ser consideradas quando se analisa o tipo de preensão, pois o tamanho das mãos irá induzir o tipo de preensão a ser adotado,