tipografia

Nosso entrevistado é Ernesto Leite, que é tipógrafo há algum tempo e trabalha na Tipografia Fênix, e nos contou um pouco como funciona o processo da tipografia.
Ernesto nos conte um pouco sobre a sua experiência com tipografia.
Ernesto: Tudo começou mais ou menos em 1997. Trabalhei na gráfica de um tio meu por cerca de dois anos. Eu não tinha a noção de como seria importante na minha vida essa que, hoje, posso chamar de profissão com muito orgulho. Desde a construção da chapa que vai formar a arte, até calçar as letras para sair uma boa impressão, é tudo tão detalhado que o profissional não deveria ser chamado de tipógrafo, e sim de artesão. Cada serviço era uma arte diferente.
O que é tipografia?
Ernesto: É simplesmente a impressão de tipos, ou seja, de letras em variados formatos. A cada nova configuração de um conjunto de letras, forma-se um novo conjunto tipográfico. Sendo assim, podemos dizer que a tipografia é a arte da letra e, atualmente é a principal forma de comunicação visual, já que esse tipo de impressão permite a expressividade do texto.
No que se baseia o processo tipográfico?
Ernesto: O processo tipográfico baseia-se na impressão de caracteres de chumbo, madeira, gravuras em zinco, cobre etc., com relevo relativo. Estes materiais são tintados com rolos de massa ou cartuchos, de maneira a que a tinta fique distribuída somente na superfície e assim, mediante prensagem posterior contra o papel, em prensa adequada, transmita a este a mancha tipográfica.
Quais são as principais diferenças entre o processo antigo e o atual?
Ernesto: Só de pensar que o computador substituiu as caixas de tipo, espaços, fios serrilhados, clichês de desenhos… Nossa! Na época da política, o que mais se fazia eram clichês de fotos para rodar santinhos, escrita colorida cor por cor. Dependendo do serviço demorava muito. Lembro que fazer mil impressões demorava mais ou menos 1 hora. Além disso, tinha que fazer vários ajustes para rodar os serviços, e mesmo assim o