Thomas Hobbes
Thomas Hobbes vem da Matemática, da Física e da Química para as ciências humanas. Esteve, conviveu e discutiu com Galileu Galilei, considera-se um alto teórico da Física e das Matemáticas, tem rivalidades com os outros pensadores, e considerava-se mais relevante cientificamente do que os outros.
Foi testemunha de uma crise da monarquia inglesa, que, no século XVII, viveu a proclamação de uma república, sob a liderança de um sujeito chamado Oliver Cromwell (1599 – 1658), que veio das classes médias urbanas. Sublevou as forças militares e as levou para uma postura antiaristocrática. Dizia Cromwell que ouvia vozes e tinha uma missão divina. Era um príncipe maquiavélico. Deu um banho de sangue no mundo.
Hobbes havia ido ao exílio com a realeza. Vivia na Corte da França, por mais de dez anos, até que lhe mandaram embora. Teve muitos conflitos no ambiente cortesão do exilio, e termina sendo convidado a se retirar da França. Viveu pelo menos três momentos de sua vida fora da Inglaterra. Foi preceptor de nobres potentados, que lhe protegeram; passou a educar os jovens da nobreza para viverem fora, em sua companhia. Ao mesmo tempo Hobbes se considerou potencializado para fazer uma reflexão política, jurídica e filosófica para a crise da monarquia. Que mal é esse? A guerra civil.
Cromwell queria apenas submeter a burguesia comercial, expropriar a Igreja, a Coroa e os barões da terra. Então, Hobbes se pôs a estudar esse processo e passou a escrever algumas obras.
A primeira delas é o Tratado de Direito Natural. É um ensaio geral que levará à formulação da tese, na Inglaterra, do Contrato Social. Ele foi pioneiro, antecedendo Locke e Rousseau. Homem, para Hobbes, é o lobo do homem. Ele não criou esse adágio; é um verso de Plauto, um teatrólogo romano do mundo antigo, em que, numa peça, um personagem tem essa fala. Nisso ele recortou e colou de Plauto e colocou no Leviatã sem indicação de fonte.
Ele formula o Tratado de Direito Natural. O Estado de