Thomas Hobbes e o pensamento político
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Thomas Hobbes Thomas Hobbes foi um matemático, teórico político e filósofo inglês, que tinha como objetivo fundar sua filosofia política sobre uma construção racional da sociedade, que pudesse explicar o poder absoluto dos soberanos. Mas suas teses não foram bem aceitas. O primeiro rei Stuart da Inglaterra defendia que o que diz respeito ao mistério do poder real não devia ser debatido, nem pelo clero anglicano. Hobbes chegou a ser julgado por muitos como “materialista ateu”. Os contatos que Hobbes teve com cientistas de sua época, que foram decisivos para a formação de suas ideias filosóficas, o levaram a fundir sua preocupação com problemas sociais e políticos, com seu interesse pela geometria e o pensamento dos filósofos mecanicistas. Seu pensamento político pretende ser uma aplicação das leis da mecânica aos campos da moral e da política. As leis que regem o comportamento humano, segundo Hobbes, são as mesmas que regem o universo e são de origem divina. De acordo com elas, o homem em estado natural é antissocial por natureza e só se move por desejo ou medo. Hobbes descreve o homem em seu estado natural como egoísta, egocêntrico e inseguro. Ele não conhece leis e não tem conceitos de justiça; ele somente segue os ditames de suas paixões e desejos temperados com algumas sugestões da sua razão natural. De acordo com Thomas, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembleia (que pode até mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia), deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só poderiam viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Deste Estado, sua criação os indivíduos não esperam a felicidade mas a Paz, condição necessária à persecução da