Theodor adorno
1903, Frankfurt, Alemanha
1969, Visp, Suíça "Nenhuma correção é demasiado pequena ou insignificante para que não se deva realizá-la", afirma Adorno sobre o ato de escrever em "Atrás do espelho" (fragmento de número 51).
De origem judaica, Theodor Wiesengrund Adorno foi um dos expoentes da chamada Escola de Frankfurt, que contribuiu para o renascimento intelectual da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial. Estudou filosofia, sociologia, psicologia e música na Universidade de Frankfurt e, aos 22 anos, foi para Viena, Áustria, onde aprendeu a arte da composição com Alban Berg.
De volta à Alemanha, trabalhou no Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt, então dirigido por Max Horkheimer, onde passou a elaborar a teoria de como o desenvolvimento estético é importante para a evolução histórica. Em 1934 foi obrigado a imigrar para a Inglaterra para fugir da perseguição nazista aos judeus e durante três anos ensinou filosofia em Oxford.
Mudou-se para os Estados Unidos e, entre 1938 e 1941, ocupou o cargo de diretor musical do setor de pesquisa da Rádio Princeton e, depois, o de vice-diretor do Projeto de Pesquisas sobre Discriminação Social da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Em 1953 retornou ao seu país natal, onde reassumiu seu posto no Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt. Escreveu, entre outros, Filosofia da Música Moderna (1949) e Filosofia Estética (publicado postumamente, em 1970).
Seus textos têm o poder do esclarecimento, de tornar compreensível a realidade, e permanecem atemporais. Theodor W. Adorno alcançou em seus escritos a rara qualidade de conceder à razão uma força crítica, procurando mostrar diferentes aspectos do real para conduzir o leitor a um novo patamar de análise e, portanto, de consciência.
De acordo com o filósofo, não há nada melhor no exercício da escrita do que manter, a cada idéia, a cada vocábulo, uma "insistência desconfiada". A atenção de quem escreve deveria voltar-se aos objetivos