THAISA NASCIMENTO DA SILVA
TRIPANOSSOMÍASE POR TRIPANOSOMA CRUZI: doença de chagas
Rolim de Moura – RO
2015
Introdução
A doença de Chagas é uma das patologias de mais larga distribuição no continente americano. É conhecida a existência de vetores da doença desde o sul dos Estados Unidos à Argentina. São mais de cem espécies responsáveis pela transmissão natural da infecção pelo Trypanosoma cruzi, intervindo diretamente na sua veiculação no ambiente domiciliar ou participando na manutenção da enzootia chagásica. Estima-se que sejam de 16 a 18 milhões os indivíduos infectados e de aproximadamente oitenta milhões a população em risco de contaminação na América Latina1.
O protozoário responsável pela parasitose, Trypanosoma cruzi, vivia restrito à situação silvestre, circulando entre mamíferos do ambiente natural, através do inseto vetor ou, também, muito comumente, por via oral (ingestão de vetores e mamíferos infectados)1.
Foi o homem quem invadiu esses ecótopos e se fez incluir no ciclo epidemiológico da doença, oferecendo ao hemíptero vetor vivendas rurais de péssima qualidade, frutos de perversas relações de produção e de políticas sociais restritivas1.
Uma vez conhecidos os aspectos epidemiológicos da doença foi possível delinear, nas últimas décadas as ações de controle da sua transmissão vetorial, cuja estratégia não foi dotada em todos os países da área endêmica. A migração rural-urbana fez emergir a transmissão por meio da transfusão de sangue nos centros urbanos, fazendo surgir milhares de novos casos da doença2.
No Brasil o programa nacional alcançou grande êxito na última década eliminando a transmissão vetorial em vários estados. Mas recentemente, foi definida uma política para setor hemoterápico ainda incipiente, que se implementada, deverá eliminar por completo essa via de disseminação de Trypanosoma Cruzi, refletindo diretamente nas outras formas mais raras de transmissão2.
A doença de Chagas permanece como sério problema