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29: 244-249, abr./set. 1996
Simpósio: HIPERTENSÃO ARTERIAL
Capítulo VIII
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL ESSENCIAL
PHARMACOLOGY TREATMENT OF ARTERIAL HYPERTENSION
Wille Oigman
Docente da Clínica Médica UERJ
CORRESPONDÊNCIA: Rua Barão da Torre, 295/402 - CEP: 22411-001 - Rio de Janeiro - RJ
OIGMAN W. Tratamento farmacológico da hipertensão arterial essencial. Medicina, Ribeirão Preto,
29: 244-249, abr./set. 1996.
RESUMO: O artigo avalia de maneira objetiva as 7 principais famílias de anti-hipertensivos, em uso corrente na prática médica. Procura-se enfatizar, fundamentalmente, suas vantagens e desvantagens. O autor procura posicionar cada família de anti-hipertensivos, fortalecendo a individualização do tratamento, além de acentuar as indicações específicas quando da presença de outras doenças ou de outros fatores de riscos para doença cardiovascular. Procura-se, também, chamar a atenção para as repercussões hemodinâmica e metabólicas que cada anti-hipertensivo poderá determinar.
UNITERMOS:
Anti-hipertensivos. Hipertensão; farmacologia.
O tratamento da hipertensão arterial humana
(HA) vem, nos últimos anos, saindo progressivamente do empirismo – ensaio de acertos e erros – em direção a drogas que levam a bloqueios ou antagonismos mais específicos.
Desde o início dos anos 80, os estudos epidemiológicos vêm demonstrando, claramente, uma expressiva redução dos eventos cardiovasculares. Contudo, este fato tem sido observado principalmente no acidente vascular cerebral, enquanto menos expressivos têm sido os efeitos sobre a insuficiência coronariana e seus complicadores – infarto do miocárdio e morte súbita.
Não faz parte desta revisão uma discussão mais profunda das razões que possam explicar tais diferenças. Contudo, seria importante mencionar as principais causas envolvidas e, entre elas citaríamos: as
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alterações metabólicas (aceleração da ateroesclerose) e eletrolíticas