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Há uma relação estreita entre o conjunto de intenções levantadas pelo professor e que foi compartilhado com as crianças como sendo as metas do projeto. Se o professor tem como objetivo principal ampliar o conhecimento sobre contos de fadas e combinou com elas a escolha dos textos para leitura e apresentação à comunidade escolar, é importante planejar situações que garantam a apropriação de determinadas noções antes de chegar a esse propósito final.
Portanto, o professor deve garantir a continuidade e diversidade de leitura dos contos, selecionar com as crianças os preferidos, ler daqueles que serão recontados, registrar e revisar os textos ditados, enfim, envolver as crianças de fato na resolução do problema que foi compartilhado durante o projeto.
O desafio (que, sem dúvida, requer empenho) é criar condições para que expandam as suas experiências e não para que fiquem dando voltas em torno do que já sabem.
Vale salientar que o planejamento, além de dialogar o tempo todo com as intenções de aprendizagem, demanda flexibilidade nas intervenções, pois não é possível prever tudo o que as crianças podem falar, pensar e relacionar após serem estimuladas por perguntas, pelos contextos de pesquisa, pelo acesso às informações de variadas fontes e, sobretudo, pela socialização dos conhecimentos com o grupo.
Ao trabalhar com projetos, o professor torna-se também um pesquisador do pensamento das crianças, dos conhecimentos pertences à cultura e da sua própria prática. Depois de um intenso movimento de investigação com e sobre as crianças é impossível não aprender também sobre si mesmo.