Texto
Este processo solapou as bases materiais sobre as quais se ergueram o pacto de estabilidade política e “estado de bem estar social”, o chamado “pacto fordista”, nos países desenvolvidos.
Assim, no chamado “primeiro mundo”, os trabalhadores passaram a enfrentar os mesmos tipos de ataques contra suas condições de vida enfrentadas pêlos trabalhadores nos países “subdesenvolvidos”. Tanto nuns quanto em noutros, disseminou-se o desemprego estrutural, generalizou-se uma onda de contra-reformas visando destruir o caráter publico e universal da previdência social, generalizaram-se à flexibilização e a precarização da legislação trabalhista, além do achatamento de salários.
Como consequência da contradição entre a elevadíssima potência produtiva do sistema capitalista e sua própria natureza de exploração do trabalho uma parte cada vez mais preponderante do capital acumulado foi se deslocando da esfera da produção para a esfera puramente financeira. Isto porque estes capitais não podem mais ser reinvestidos na produção sob pena de explodirem a economia mundial com uma inimaginável crise de superprodução de mercadorias. Assim forma-se uma nuvem de capital especulativo, puramente financeiro, que precisa ser alimentada por uma valorização permanente. Para garantir esta valorização permanente do capital financeiro o imperialismo mundial adquiriu uma nova dinâmica marcada por uma ofensiva de semi-colonização dos países periféricos sem antecedentes. Fosse através das privatizações das empresas e serviços públicos nacionais, da desnacionalização das riquezas naturais ou através da política de