Texto
A terra precisa atualmente de quase 18 meses para repor o que a humanidade lhe tira em um ano. Para continuarmos a viver do que o planeta pode nos oferecer, só há uma alternativa: transformar substancialmente nossos padrões de consumo.
Por Eduardo Araia
|[pic] |
Algumas perguntas que estão, mais do que nunca, na ordem do dia: você precisa mesmo levar todas as suas compras de supermercado em sacolas plásticas? É indispensável ter na garagem aquele utilitário esportivo tão imponente quanto gastador? E o banho de 15 minutos, que tal encurtá-lo? A revisão dos atuais (e inviáveis) modelos de consumo já havia sido objeto de um contundente alerta em novembro de 2009, dado pela organização internacional Global Footprint Network: de acordo com um estudo produzido por ela, a Terra precisa atualmente de quase 18 meses para produzir os serviços ecológicos que os quase 7 bilhões de humanos utilizam em um ano.
|[pic] |
|segundo o Worldwatch institute, um |
|exame cuidadoso da rotina dos |
|membros da “classe consumidora |
|global” mostra que há várias |
|situações nas quais é possível |
|consumir de forma mais sensata e |
|sustentável. |
Invertendo a equação, estamos consumindo praticamente um planeta e meio em 12 meses. Não é preciso ser gênio para perceber que a conta não fecha. No atual ritmo, dizem os autores do estudo, no início da década de 2030, precisaremos de duas Terras para atender a nossa demanda anual – um nível tão alto de gasto ecológico que poderá causar um colapso de ecossistemas de grandes proporções. No início de 2010, a advertência foi renovada, algumas oitavas acima, pelo Worldwatch Institute – uma das mais importantes instituições de pesquisa sobre desenvolvimento sustentável do mundo, sediada em Washington –, por meio