TEXTO F DON IV FILOSOFIA CL SSICA

1371 palavras 6 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

PRODUÇÃO DE TEXTO
FÉDON IV

Trabalho da disciplina de Antropologia
Filosófica III, apresentado ao professor
Juarez Sofiste, pela aluna
Ana Idalina Carvalho Nunes (mat. 201008001)

JUIZ DE FORA
2010
A BUSCA DA VERDADE Fédon IV, texto que tem no seu epílogo a morte de Sócrates, é permeado de falas que nos permitem formular diferentes questões sobre o que realmente Platão quis deixar claro para o leitor neste texto. Entre tantas teses possíveis, apresento uma que defenderei através de argumentos baseados nas palavras do próprio Sócrates: Sócrates aceitou a morte com serenidade ou ele desejou a morte como um passo mais ousado na sua busca pela verdade? Em diversos trechos, apesar de não afirmar que a alma é imortal verdadeiramente, parece claro o posicionamento simpático de Sócrates às lendas e à tradição de uma forma geral, tema bastante discutido nesta última conversa do filósofo com seus discípulos. E a ideia de imortalidade de alma é o atrativo que move intensamente Sócrates a aceitar sua condenação e passar a desejar a morte, como viagem de busca de conhecimento num mundo perfeito. Logo no início do texto “Resposta a Cebes”, Sócrates, para certificar-se de que compreendera perfeitamente o que Cebes queria saber, pergunta a ele se o que desejava era que se demonstrasse que a alma era indestrutível e imortal, ideia que, uma vez ausente no pensamento do filósofo que está prestes a morrer, tiraria dele a confiança, a convicção de ir encontrar no além uma felicidade jamais alcançada na Terra. Parece-me que, nas entrelinhas dessa fala a Cebes, Sócrates fala de si próprio, do sentimento que o move naquele momento em que a vida lhe resta por um fio. De acordo com o relato de Fédon a Equécrates, Sócrates estava sereno, e sua serenidade – acredito nisso - era alimentada pela confiança e pela convicção que ele tinha de que iria encontrar no além uma felicidade

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