Texto valores economicos
Jorge Madeira Nogueira, Marcelino Antonio Asano de Medeiros e Flávia Silva Tavares de Arruda (**)
“A governments’ policies can affect the environment from street corner to stratosphere. Yet environmental costs and benefits have not always been well integrated into government policy assessments, and sometimes they have been forgotten entirely. Proper consideration of these effects will improve the quality of policy making.” DOE (1991, p.1) em Hanley e Spash (1993, p.8)
• Introdução
Em seu manual sobre valoração econômica do meio ambiente, Seroa da Motta (1998) destaca que “(c)ada vez mais gestores ambientais, estudantes ... e outros profissionais da área ambiental encontram-se em situações nas quais a valoração econômica ambiental é requerida ou desejada. ... A novidade e a complexidade do tema, entretanto, têm induzido (ao uso) inadequad(o) (dessas) técnicas ...”. 1 Acreditamos que duas são as razões básicas para esse uso inadequado: desconhecimento da moldura teórica que fundamenta essas técnicas e entendimento parcial de suas virtudes e de seus defeitos. Este trabalho analisa aspectos teóricos e operacionais das técnicas de valoração de bens e serviços ambientais e busca, assim, contribuir para que elas sejam mais eficazmente utilizadas em pesquisas e/ou na formulação de políticas públicas. Historicamente, o Brasil tem se caracterizado no cenário mundial como um país rico em recursos naturais e ambientais. O seu próprio processo de desenvolvimento econômico iniciou com a exploração do recurso natural mais abundante: terras agrícolas. De uma maneira geral, o desenvolvimento econômico está associado a incrementos no nível de bem-estar da população proporcionados pela produção e consumo de bens e serviços convencionais [Hufschmidt et al. (1983), p.1]. Nesse particular, os recursos naturais desempenham funções importantes: matérias-primas para o desenvolvimento econômico, serviços de