TEXTO BRUNA FACULDADE
Resume basicamente o que Hannah Arendt tenta discutir sobre o caso Eichmann. Arendt tenta explicar o fato de que o mal do mundo não está apenas naquele que comete um delito, mas naquele que mesmo não cometendo se sente no direito de isentar sua responsabilidade de acordo com as situações vividas. Eichmann, sendo ele nazista convicto, mantém em sua defesa a seguinte afirmação: Ele teria apenas obedecido ordens, e que não chegara a matar ninguém. Isso demonstra que Eichmann tentava renunciar a sua culpa pessoal, e que para ele era mais fácil não pensar no que estaria fazendo apoiando os nazistas, mas sim seguir a multidão tida como a maioria (em discussão de poder).
A capacidade de pensar é que faz de nós uma pessoa humana, e nos torna membros de uma sociedade. Seguir a multidão deixando de lado o ato de pensar pode ser comparado ao fato de doar um corpo sem alma para uma causa. Citando exemplos atuais, a insatisfação com o governo vigente é um ato pensado por aqueles que discordam com o que está acontecendo, mas será que todos pensam no porque estão apoiando essa causa? Ou apenas contribuem para fazer a massificação em grande escala em ruas públicas sem expor seus ideias, ou pior, sem concordar ou saber sobre aquilo que está sendo feito.
Tudo é política. A ação de lavar uma louça porque nossos pais demandaram é política. E sendo seres capazes de pensar e partes de uma sociedade, cabe a nós desenvolver uma política que mantenha ordem sem tirar a liberdade individual e coletiva. Hannah definia como “banalidade do mal” a ação de um homem feita sem convicção ou motivos, de palavras vazias e não pensadas.
No livro, a frase define bem a atual situação da política democrática. “Os homens são seres condicionados: tudo aquilo com o qual eles entram em contato torna-se imediamente uma condição da sua