TEXTO BETES
CURSO DE HISTÓRIA
Isabella Vieira Vilchez
Sarah Jorge Caria
“A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E O SENSO COMUM”
São Paulo
2015
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E O SENSO COMUM
Isabella Vieira Vilchez e Sarah Jorge Caria
Desde que estudamos acerca da Primeira Guerra Mundial, somos ensinados por livros de história que o grande causador da guerra foi a Alemanha. Essa suposição surgiu a partir de declarações de Fritz Fischer, um famoso historiador alemão que divulgou uma tese sobre as causas da Primeira Guerra, e também do Tratado de Versalhes, que não somente julgou a Alemanha como culpada como também a responsabilizou de pagar taxas gigantescas pelos danos da guerra.
O grande erro de responsabilizar uma nação por um marco histórico tão grande como uma guerra é o de que não podemos tomar apenas uma versão da história como verdade absoluta. A Alemanha, assim como vários outros países europeus envolvidos no conflito, passava por um período de expansão de ideais militaristas na época, levando a população a crer que cabia a eles o dever de proteger sua nação – mesmo que morressem por isso. A Sérvia, por exemplo, era um desses países.
Ao passo que a Alemanha vivia esse cenário, os conflitos entre a Sérvia e a Áustria-Hungria se agravavam cada vez mais. A Áustria, grande aliada alemã, temia um ataque sérvio – que poderia acontecer a qualquer momento. Por preocaução, o governo alemão cedeu um cheque “em branco” para o país aliado com o intuito de cobrir os danos de uma possível guerra com a Sérvia, porém, foram surpreendidos com uma interpretação equivocada que lhes custou muito caro, acarretando posteriormente na declaração austríaca de guerra contra os sérvios.
Os livros de história também ressaltam o assassinato do arqueduque austro-hungaro Francisco Ferdinando como o estopim da Primeira Guerra Mundial. O responsável pela morte do arqueduque era um integrante do grupo terrorista sérvio Mão Negra, e isso só piorou a relação entre os dois