Teste palografico
Criado pelo psicólogo Salvador Escala Milá, o teste Palográfico foi desenvolvido e divulgado no Brasil por Agostinho Minicucci tendo sua primeira edição publicada em 1976. Trata-se de um teste de personalidade que, apesar de sua aplicação ser muito simples e rápida, o psicólogo precisa ter um nível de preparação e ao mesmo tempo de experiência com a técnica para que sua avaliação e interpretação aconteçam de forma correta.
O teste, segundo Vels (1982), é muito simples e consiste na realização de traços verticais. É um teste aplicável em crianças acima de 8 anos de idade, adolescentes e adultos. Sua aplicação é dividida em duas partes onde a primeira, com duração de 2 minutos e 30 segundos, não é avaliada e seu objetivo é fazer com que desapareçam as inibições naturais que o teste produz. A segunda, com duração de 5 minutos, é que constitui a parte do teste. O examinador, na primeira parte, controla o tempo a cada 30 segundos, já na segunda o tempo é controlado a cada 1 minuto. Para cada final de um tempo, seja ele de 30 segundos ou 1 minuto, o examinador diz a palavra sinal devendo o participante fazer um traço na horizontal e continuar a tarefa.
De acordo com a classificação proposta por Van Klock (1974-1975), o teste palográfico pode ser considerado um teste expressivo de personalidade, pois, no ato de desenhar estão presentes a adaptação, a expressão e a projeção. Adaptação se refere ao ajustamento em relação a tarefa solicitada, ou seja, se realiza a tarefa de modo convencional, original ou fantasioso, assim como se a execução está de acordo com a idade e o sexo. A expressão, está ligada a resposta peculiar de cada sujeito que se revela através das qualidades gráficas. A projeção é avaliada através qualidades às situações e objetos, que aparecem no conteúdo e na forma de tratar o assunto. Wolf e Precker (1974) faz essa mesma distinção para os comportamentos em geral. Para ele o comportamento adaptativo é aquele que é determinado pelo