Tese triúnica do cérebro

Tese triúnica
Conhecer bem o nosso cérebro implica uma visão da lenta evolução da espécie, dando atenção a aspetos que atestam a presença do passado ainda em nós. A Tese triúnica do cérebro, apresentada por Paul Maclean, em 1970, defende que no ser humano atual coexistem três cérebros que constituem as marcas das fases do passado evolutivo da espécie * Cérebro reptiliano, correspondente ao tronco cerebral: coordena funções básicas de sobrevivência e reações instintivas de defesa e agressividade sem intervenção do pensamento. É o cérebro mais antigo e característico dos répteis. * Cérebro paleomamífero: de formação mais recente típico dos mamíferos inferiores. Desempenha um papel significativo na coordenação entre memória e afetividade, que vai manifestar-se na organização das lembraças associadas aos sentimentos e ás emoções. * Cérebro neomamífero: caraterístico do cortex dos mamíferos superiores (Homem e macaco),o córtex é a estrutura mais recente, complexa e evoluída. É ele que possibilita as capacidades ímpares da inteligência humana: raciocínio, criatividade e imaginação, consciência, simbolismo e linguagem, sentido ético e estético.
Há autores que se opões a esta tese, defendendo que uma vez dadas as modificações não seriam deixados quaisquer vestígios.

Lentificação
A atividade nervosa traduz-se num pormenorizado e complexo sistema neurológico, elétrico e químico de comunicação. Esta complexidade neuronal acontece devido á evolução prolongada de que o cérebro foi alvo.
Processos rápidos de desenvolvimento são característicos de animais de estruturas biologicamente simples, cujo comportamento é geneticamente determinado.
A lentificação que ocorre no nosso cérebro, traduz-se por um desenvolvimento vagaroso, permitindo construir processos comportamentais e mentais complexos, leva o indivíduo a ter formas únicas de ser de pensar e de estar, permitindo que cada um construa uma imagem de si e dos outros. Esta demora no desenvolvimento cerebral