Terceiro setor e a igreja
Sabemos que o trabalho social está fortemente ligado as igrejas e pelo que consta o serviço social surgiu a partir dos anos 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país.
A emergência da profissão encontra-se relacionada à articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, Igreja Católica e Estado varguista) à época, com o objetivo de controlar as insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país. O ensino de Serviço Social foi reconhecido em 1953 e a profissão foi regulamentada em 1957 com a lei 3252.
A profissão manteve um viés conservador, de controle da classe trabalhadora, desde seu surgimento até a década de 1970. Com as lutas contra a ditadura e pelo acesso a melhores condições de vida da classe trabalhadora, no final dos anos 1970 e ao longo dos anos de 1980, o Serviço Social também experimentou novas influências: a partir de então, a profissão vem negando seu histórico de conservadorismo e afirma um projeto profissional comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos (cf., dentre outros, Iamamoto e Carvalho, 1995; Netto, 1996; Pereira, 2008).
A atuação das igrejas esta fortemente ligada aos programas de assistência e como conseqüência as ONGs como nos afirma os dados históricos citados anteriormente, o poder da igreja no campo religioso, simbólico e psicológico e um dado muito relevante na atuação e realização dos projetos sociais. A reflexão de como esse laço é trabalhado com os indivíduos traz uma grande discussão. Freud contribui da seguinte forma:
“Mas, mesmo durante o reino de Cristo, aqueles que não pertencem à comunidade de crentes, que não o amam e a quem ele não ama, permanecem fora de tal laço. Desse modo, uma religião, mesmo que se chame a si mesma de religião do amor, tem de ser dura e inclemente para com aqueles que a ela não pertencem. Fundamentalmente, na