Teorias evolutivas
(a) A origem dos seres vivos. A natureza deu origem aos seres vivos sem intervenção divina, apenas com a atuação das leis naturais. A vida é um fenômeno físico, o que faz com que Lamarck proponha a geração espontânea como processo de produção dos primeiros seres vivos. Os outros viventes são produzidos por aumento de complexidade, o que faz com que eles formem uma escala de grau de perfeição crescente.
(b) A distinção entre corpos vivos e inanimados. Embora todos os corpos sejam produtos da natureza regidos por leis e a vida seja um fenômeno físico, o fenômeno vital é resultante de um estado particular proveniente do conjunto dos componentes do organismo, isto é, movimentos e mudanças em resposta a causas excitantes.
(c) O desenvolvimento sequencial dos seres vivos. A explicação lamarckiana do surgimento da vida, do desenvolvimento dos seres vivos e do aparecimento das faculdades superiores dos animais leva em consideração o jogo entre a atração universal e a ação repulsiva que atuariam sobre os constituintes materiais.
(d) As duas causas da progressão. Primeira, o poder vital de aumentar a organização que multiplica os órgãos particulares e aperfeiçoa as faculdades; e a segunda, a influência do meio que, de modo acidental, modifica a ação da causa anterior, transformando as partes dos seres vivos.
(e) As espécies são grupos arbitrários produzidos pelos naturalistas e não são naturais; essa concepção opunha-se ao essencialismo vigente no pensamento sobre os seres vivos.
(f) A concepção de massa. As massas lamarckianas são grandes grupos de espécies semelhantes às atuais ordens. Elas permitem comparar as espécies e definir qual a mais perfeita, pois cada massa tem seu próprio sistema de órgãos que aumentam em perfeição. Em número de quatorze, as massas também seguem um esquema de desenvolvimento: dos infusórios aos mamíferos, no