Teoria da contingência estrutural e o caso philips
Surgida na década de 50, a teoria estruturalista, tendo em vista o princípio clássico, veio para preencher lacunas ao estabelecer que diversos fatores contingenciais afetam as organizações- como métodos, tamanho, incertezas e tecnologia- e que não há uma única estratégia organizacional que seja altamente efetiva para todas. Em suma, a empresa precisa se adaptar ao ambiente, adequando sua estrutura e seus fatores contingenciais, segundo Donaldson(1999). Todavia, levando em consideração Burns e Stalker(1961), quando uma organização enfrenta ambiente estável, a estrutura mecanicista, em que papéis organizacionais são definidos pelos superiores e possuem estrutura rígida, é a mais apropriada; ao passo que quando o ambiente está turbulento, com constantes mudanças e grande concorrência, uma estrutura orgânica, onde os papéis organizacionais são divididos de forma menos rígida, é conveniente. As características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes. Movidos pelo Japão, a partir dos anos 70, os Tigres Asiáticos- bloco do extremo oriente- conduziram uma expansão e direcionamento das suas indústrias para o mercado de produtos eletrônicos voltados para a exportação, conseguindo atingir preços muito a baixo do que o praticado anteriormente. Tal acontecimento gerou uma mudança no cenário mundial ao longo das últimas quatro décadas, pois esses novos entrantes competiam diretamente com grandes empresas já estabelecidas no mercado, acarretando alterações tecnológicas rapidamente e diminuindo os custos devido à mão-de-obra abundante e baratíssima. Como consequência, no último dia 18 de Abril, a última grande produtora de televisores da Europa, a Philips, localizada na Holanda, abandonou a produção mundial desse produto. Em relação às empresas sul-coreanas LG e Samsung e à japonesa Sony, “Os concorrente vendem a preço de saldo seus televisores