Teoria Crítica
A Teoria Crítica estuda as desigualdades estruturais, responsáveis pelo desenvolvimento e subdesenvolvimento dos Estados, e está ciente da existência de interesses políticos e poder de dominação. Tem seu embrião na CEPAL, remontando à década de 50 e 60, e, de acordo com suas intenções de analisar a participação dos países menos desenvolvidos, criando uma “visão do Sul”, acabou gerando uma pluralidade de opiniões. Nesse estudo sobre ascensão dos Estados menos desenvolvidos às relações internacionais, temos as Teorias da Dependência e do Desenvolvimento, a primeira com ênfase na perspectiva internacional e a segunda na estrutura interna dos Estados, ainda que esses pontos conversem em ambas as teorias. A teoria do desenvolvimento foi o primeiro a considerar os países pobres na realidade internacional, correspondendo a um realismo liberal nos países subdesenvolvidos. Criticando as estruturas pouco diversificadas e apontando o Estado como principal empreendedor, defende que esse deveria fornecer a infraestrutura e capital necessários, provavelmente com a busca por tecnologia, no intuito de diversificar a estrutura produtiva e complementando com políticas que criassem infraestrutura para essa diversificação, abrindo caminho para implantar a substituição de importações e a promoção das exportações, o que imprime um viés nacionalista ao desenvolvimento.
A teoria da dependência, por sua vez, se originou da estagnação das taxas de crescimento dos países enquanto sob o modelo desenvolvimentista. Apesar de comportar diversas correntes, fundamentalmente divide o sistema internacional em dois grupos de Estados, os dominantes e os dependentes; sendo os Estados, então, os principais atores internacionais mas não eliminando, entretanto, outras forças externas, como as empresas transnacionais, sindicatos, organizações internacionais e até mesmo a sociedade civil organizada. Além disso, entende que as assimetrias da dependência não só tendem a perdurar como