TEORIA CORPOM DIA
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TEORIA CORPOMÍDIADiversas formas existem de entender/pensar corpo.Pode-se transitar por diversas filiações teóricas, aqui, escolho compartilhar com vocês um pouco da Teoria Corpomídia (escrito junto) desenvolvida por Christine Greiner e Helena Katz (2005) enquanto uma das possibilidades possíveis. Devo dizer que desde 2006, quando tive acesso a essa abordagem teórica, muitos dos meus entendimentos habituais de/sobre corpo foram desmontados e fiz a opção adotá-la nas minhas pesquisas de Dança.
Vamos lá...
O ponto de partida...
Batizada como corpomídia pelas professoras doutoras da PUC/SP – Christine Greiner e Helena katz, essa “abordagem teórica é tributária da semiótica peirciana nos usos do conceito de fluxo permanente (semiose), das teorias evolucionistas neodarwinianas (entre as quais se destacam o meme de Richard Dawkins e a concepção de mente de Daniel Dennet) e da abordagem filosófica do papel das metáforas na construção da cognição proposta por George Lakoff e Mark Johnson”. (KATZ, apud MACHADO, 2007, p. 34)
Idéias Básicas...
Com a teoria corpomídia pode-se pensar o corpo a partir da sua característica processual, enquanto mídia[1] de si mesmo, como um sistema vivo e em trânsito contínuo de trocas de informações com o ambiente.
Ou seja... Corpo e ambiente como co-dependentes, atuando juntos, sem separação. Ou seja, corpo que atua e se faz no ambiente, ambiente que é também corpo, na medida em que atua também no corpo. Onde o modo de atuar tem que ser sublinhado em fluxo contínuo de informação.
Aqui, um pouco da descrição da própria Christine Greiner (2005, p. 131):
“Algumas informações do mundo são selecionadas para se organizar na forma de corpo – processo condicionado pelo entendimento de que corpo não é um recipiente, mas sim aquilo que se apronta nesse processo co-evolutivo de trocas com o ambiente. E como o fluxo não estanca, o corpo vive em estado do sempre-presente, o que impede a noção de recipiente”.
Com essa moldura de corpo e ambiente