Teologia
1.1 Conceitos
a. Conceito Etimológico
O vocábulo teologia vem dois outros do língua grega, a saber: θεος (teos = Deus) + λογος (logos = palavra, discurso). Sendo assim, etimologicamente, teologia é um discurso a respeito de Deus.
Orfeu e Homero foram chamados de teólogos entre os gregos, porque seus poemas tratavam da natureza dos deuses. Aristóteles classificou as ciências sob os títulos de física (aquela que se ocupa com a natureza), matemática (aquela que se ocupa com os números e da quantidade) e teologia (aquela que se ocupa de Deus).
Os pais da igreja se referiam ao apóstolo João como “o teólogo”, porque em seu evangelho e epístolas a divindade de Cristo se tornou proeminente.
b. Conceito Técnico
A definição de teologia mais comum, especialmente em nossos dias, é de que ela é a ciência da religião. Contudo, a palavra religião é ambígua. Sua etimologia é duvidosa. Cícero faz referência a ela como relegere, revisar novamente, considerar. “Religio” é então consideração, observação devota , especialmente do que pertence ao culto e serviço devidos a Deus.
Agostinho e Lactânio derivam a palavra de religare, religar. De acordo isso, religio é a base de obrigação. É aquilo que nos liga a Deus. Subjetivamente, é a necessidade interior de união com Deus.
Esta diversidade de conceitos quanto ao que significa religião basta para provar quão completamente vaga e insatisfatória precisa ser a definição de teologia como “a ciência da religião”. Além disso, essa definição faz a teologia inteiramente independente da Bíblia. Pois como a filosofia moral é a análise de nossa natureza moral, assim a teologia se torna a análise de nossa consciência religiosa, justamente com as verdades que essa análise desenvolve. E mesmo a teologia cristã só é análise da consciência religiosa do cristão.
Temos, pois, que restringir a teologia à sua real esfera, como a ciência dos fatos da revelação divina até onde esses fatos dizem respeito à