Ten days to love
Esta um completo caos naquela editora. Eram as últimas horas do dia para fazer os retoques finais nas revistas e livros que seriam lançados ao público na semana seguinte. Ao longe, dentro de uma sala rodeada de vidro, os funcionários eram capazes de ver o editor-chefe, e dono da editora, trabalhando arduamente, aprovando projetos e ajudando naquele que era o momento mais importante da editora. Nada poderia sair errado, eles deviam manter o recorde de vendas que vinha ocorrendo consecutivamente desde a chegada de Tom ao posto de editor-chefe.
Tom não teve muita opção quanto a posição em que se encontrava. É verdade que ele é conhecido pelos grandes sucessos de sua autoria, mas ser editor-chefe estava fora dos seus planos. Quando a editora começou a ter prejuízos, Tom teve que tomar as rédeas da situação e colocar tudo nos eixos. Por um lado ele gostava bastante do trabalho que fazia, mas ás vezes sentia falta de ter um tempo para si mesmo e para as suas próprias histórias.
O editor-chefe era o tipo de homem que ao passar em qualquer lugar, seria notado. Apesar da falta de tempo, tinha o cuidado de ir à academia antes de ir à editora. Os cabelos negros lisos e longos que deixava, em geral, presos num rabo de cavalo baixo, as roupas que favoreciam as formas de seu corpo, piercings nos lábios e uma tatuagem na mão com alguns números que apenas ele sabia o significado e os olhos castanhos escuros.
Ele estava completamente concentrado no livro que lia, uma nova escritora havia o mandado naquela manhã, e estava gostando bastante do tema e das reviravoltas, era um romance e conseguiu o prender completamente. Talvez mudaria apenas alguns detalhes, mas com certeza publicaria aquele volume.
- Tom... – um loiro baixinho entrou sem bater com um monte de pastas em mãos, derrubou tudo em cima da mesa do outro e se sentou de qualquer jeito numa cadeira na frente do moreno, arrumando no rosto os óculos que usava.
- Diga Gustav... – Tom