Tempo, em "frei luis de sousa"
Introdução
Tempo Histórico
A acção dramática de “Frei Luís de Sousa” decorre em 1599, durante o domínio filipino (que durou desde 1580 a 1640), 21 anos após a batalha de Alcácer-Quibir. Assim, o tempo histórico em que está inserida esta obra tem uma grande importância, pois
Tempo Cronológico
Dimensão Trágica do Tempo, Simbologia do Tempo
“Na obra Frei Luís de Sousa verifica-se a renovação de temas desvalidos pelas obras de cultura clássica, pois, com o romantismo instauraram-se assuntos patrióticos com sensibilidade histórica e mitológica. O aparecimento do mito sebastianista e de outros presságios, nesta obra, reforçam o carácter romântico de Garrett e o interesse e atractivo no desenrolar deste drama, pois a contrariedade de sentimentos em relação ao aparecimento de D. Sebastião não é apreciado, na obra, de uma maneira uniforme e invariável.
Tendo em conta a época histórica da obra, o aparecimento de el-rei D. Sebastião seria algo benéfico para o reino, contudo não se verifica tal interesse na sensibilidade da maioria das personagens. É o caso de D. Madalena e de D. Manuel de Sousa Coutinho que preferem não acreditar no sebastianismo, pois se o fizerem admitem não só o regresso de D. Sebastião, mas ainda, o aparecimento do primeiro marido de Madalena, D. João de Portugal. Com a análise psicológica de Madalena comprova-se que esta tem vivido cheia de temores durante toda a sua vida amorosa, devido ao acidente que lhe adiantou o casamento com D. Manuel e ao facto de se ter apaixonado por este quando ainda era cônjuge de D. João, (este acto, na sua consideração, é admitido como pecado e crime).
O sebastianismo, subjacente à peça, parece entrar em contradição com o próprio mito (tragédia / salvação), pois no prisma de Telmo (principalmente, numa fase inicial) e de Maria a concretização deste mito é desejada; enquanto que D. Madalena e D. Manuel, sendo o último um “português