Tema de redação
Reparando nas pessoas, acho interessante e perturbador essa ideia de passar quinze minutos sentados ao lado de um desconhecido, durante esse tempo que reparo que vivemos em uma sociedade bem individualista, pois nem percebemos que nem sempre damos ‘’boa tarde’’ ao passageiro que está sentado ao nosso lado ou nem reparamos se ele está com uma fisionomia de quem está triste ou feliz por algum motivo. Essas ideias passeiam pela minha mente de um modo involuntário e nada superficial.
Chegando na praça xv que o ritmo fica mais acelerado, aquela mistura de cheiro de rua, cachorro quente, churros, pipoca, entre outras coisas chega a dar arrepio, somado com a correria para pegar a próxima barca fica um cenário assustador. Após finalmente conseguir passar da catraca aquele alivio de que será possível chegar no horário certo na Faculdade.
Quando a porta de vidro e as roletas são travadas me sinto uma formiga no meio do formigueiro, um empurra- empurra para ver quem fica mais na frente e consegue um lugar para sentar. Sempre fico para trás e acabo entrando depois, e sento na escada de acesso ao segundo andar da barca. No segundo andar fica tipo uma lanchonete que deixa um cheiro de café e pão de queijo quase irresistível, o cheiro me embala e me faz pensar todos os dias em comer o pão de queijo.
O passeio de barca pode ser prazeroso para quem não faz ele todos os dias, mas para alguém que é obrigado a fazer o ‘’passeio’’ é tedioso, o movimento da barca é enjoativo, algumas pessoas falam alto, e para mim é o