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Um estudo de Cinemática
“Meu objetivo é expor uma ciência muito nova que trata de um tema muito antigo. Talvez nada na natureza seja mais antigo que o movimento...”
Galileu Galilei

1. Introdução
Neste texto focaremos nossa atenção na Cinemática, mais especificamente, nos conceitos necessários para a sua abordagem matemática e para a análise gráfica dos movimentos que se pretende representar. Como sugerem as palavras de Galileu no início, parece razoável iniciarmos nossa discussão pelo conceito-chave de movimento.
No dia-a-dia costuma-se associar a idéia de movimento a tudo que esteja em constante mudança, atividade, animação, agitação, evolução, desenvolvimento, enfim, à vida. Entretanto, em Física, a idéia de movimento assume um significado bastante restrito, qual seja: a variação, em função do tempo, da posição de um corpo em relação a outro corpo que serve de referência. Dito desta maneira, o conceito de movimento embora restrito, carece de precisão. A fim de esclarecermos nosso objeto de estudo, é necessário explicitar o que se entende por posição, corpo e corpo que serve de referência. Estes conceitos-chave, juntamente com os de distância percorrida, deslocamento, velocidade, trajetória, aceleração, tempo e referencial constituem o arcabouço conceitual necessário para a descrição cinemática do movimento de corpos através de proposições semânticas (do tipo, quanto menor isso...maior aquilo), representações externas (como gráficos, tabelas e diagramas, etc.) e modelos matemáticos. Um modelo matemático é um tipo de representação simbólica que faz uso de entes matemáticos como funções, vetores, etc. Em Física, de grande interesse são os modelos matemáticos que representam sistemas dinâmicos. Um modelo de sistema dinâmico pode ser entendido como um conjunto de relações matemáticas entre as grandezas que descrevem o sistema e o tempo, considerado como variável independente. Mas voltemos à idéia central de movimento.
2. Os conceitos de

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