Tecnologia
Para ser útil, a tecnologia da informação precisa se adequar à estrutura da empresa
Por Álvaro Oppermann “TI não é um monstro de sete cabeças.” Esta é a primeira sentença que executivos ouvem ao entrar na sala de aula, no campus do MIT, para ouvir Peter Weill e Jeanne Ross. A dupla de consultores é responsável pelo programa de educação em Tecnologia da Informação da escola. Sua missão é mostrar aos alunos executivos (leigos no assunto) como a TI pode se tornar uma ferramenta estratégica. As ideias dos professores viraram livro: IT Savvy (“Competente em TI”, em tradução livre). “Firmas com eficiência acima da média em governança de TI possuem lucro 20% maior do que a concorrência”, escrevem os autores.
O raciocínio é simples: na empresa em que uma plataforma digital bem azeitada dá agilidade aos processos do dia a dia, os funcionários ganham fôlego e tempo para inovar. Contudo – alertam Jeanne e Weill –, TI é como sapato. Não dá para andar sem ele, mas é necessário que se ajuste ao pé.
Existem, de acordo com eles, quatro modelos de operação de TI, e a sua adoção depende do perfil da empresa.
O primeiro modelo é o da diversificação. Foi adotado pela GE e a Johnson & Johnson, por exemplo. Tem baixa padronização e baixa integração, ideal para grupos compostos de unidades independentes em múltiplos setores. Em geral, essas empresas têm grande autonomia de ação. Algumas funções de negócios – como RH – são compartilhadas. Outras – como bancos de dados de consumidores – não.
O segundo modelo – o da coordenação – é adotado pela Toyota e pela Metlife, do ramo de seguros. A padronização é baixa, mas a integração, elevada. A chave é o acesso compartilhado a bancos de dados, com funcionários podendo acessar informações de maneira global. No caso das seguradoras, por exemplo, o seguro de vida do cliente deve estar coordenado com o seguro do carro, ou da casa. A inteligência de negócios é integrada, apesar dos processos internos da companhia não serem