Tec. em seg. do trabalho
1.1 DEFINIÇÃO
Define-se como a existência de alterações do pensamento, sentimento ou comportamento para o qual se torna necessária intervenção imediata, por representar um risco significativo para doente ou para terceiros.
Os doentes que se apresentam em crise, são pessoas com intenso sofrimento emocional e físico, por isso, frágeis, com várias expectativas e fantasias, freqüentemente irreais, e que influenciam as suas respostas ao tratamento. Deve, portanto, prevalecer um ambiente de segurança e proteção, com comunicação clara e franca; as atitudes violentas não podem ser permitidas ou toleradas.
A crise proporciona ao doente a identificação de futuras crises, pela sintomatologia que caracteriza o seu início (similar à “aura” descrita pelos doentes epilépticos).
Perante um doente em crise, é prioritário: determinar qual o risco que representa para si mesmo e para terceiros, fazer um diagnóstico inicial; identificar os fatores desencadeantes; identificar as necessidades imediatas e iniciar ou encaminhar o tratamento adequado. São estas regras de atuação, na emergência psiquiátrica. A segurança física e emocional do paciente é uma questão prioritária. Espaço físico, população de pacientes, comunicação entre o pessoal, reações de contratransferências devem ser consideradas pelo examinador para que se conduza a avaliação até o final.
Distinguir condições orgânicas de funcionais é a questão mais importante a ser examinada, uma vez que algumas condições orgânicas podem ser ameaçadoras à vida e imitar transtornos psiquiátricos. Não se deve esquecer que os doentes psiquiátricos, (principalmente nos casos de abandono e alcoolismo crônico), apresentam grande risco para contraírem tuberculose e deficiências vitamínicas. Determinar se o paciente está ou não psicótico é importante não tanto para o diagnóstico, mas para determinar a gravidade dos sintomas e o grau de perturbação em sua vida e a chance de se conduzir à