Tcc: a concepção maquiaveliana do poder

INTRODUÇÃO

Na dedicatória fala-se sobre quais foram às motivações a propósito desta temática política, mais especificamente, sobre o poder. Visto que, este trabalho pretende fazer uma exposição sobre o mesmo. Contudo, esta problemática será analisada na ótica maquiaveliana, fazendo-se mister, passar como que por ‘nada mais, nada menos’ que a própria gênese do pensamento político moderno, que nascia com o advento científico renascentista da época de Maquiavel. Entende-se assim, a necessidade de se fazer uma abordagem histórica do momento de efervescência política em que viveu Maquiavel. O faremos no cap. I, quando falaremos de sua vida e de sua obra focalizando, como já fora explicitado, a faceta sempre presente do Poder. Abordaremos no cap. II, a tradição clássica e a política moderna; a ética e política em Aristóteles e a gênese do pensamento de Maquiavel; nesta perspectiva falaremos ainda neste mesmo capítulo sobre a “Virtù” e “Fortuna”, conceitos basilares de sua principal obra (O Príncipe). E também veremos como se deu à ruptura do mesmo com os clássicos no que se pode chamar de advento da política moderna, tendo como pano de fundo sempre o poder. No cap. III, analisaremos o Poder em questão, como o concebeu este grande gênio do pensamento político e da ciência experimental. Este, como já fora salientado, é o objetivo central deste trabalho; fazendo uma leitura baseada numa antropologia acerca da natureza humana, refletindo assim, sobre a visão ética aristotélica na política, posição adversa ao pensamento de Maquiavel, para deste modo a relacionar à problemática apontada sobre O Poder de uma forma bem objetiva, tentando explicitar a originalidade do pensamento maquiaveliano. Focalizaremos a política na Itália, fragmentada em feudos controlados pelos teocratas (Papas). Para isto adotaremos como referência principal, “O Príncipe”, obra fundamental para se adentrar em seu pensamento inventivo, pois servirá como o médium para Maquiavel, que com toda a