Tcc HPV
O Papilomavirus Humano ou HPV, como é conhecido popularmente, pertencente à família Papilomaviridae, é um vírus de predileção por tecidos de revestimentos (pele e mucosas). Possui o DNA de dupla hélice, com aproximadamente 8.000 pares de bases nitrogenadas que codificam todas as funções do vírus. A partícula viral tem 55 nanômetros (nm) de diâmetro, sem envelope lipídico. As regiões do genoma viral com potencial de codificar proteínas, equivalentes a genes, são denominadas open reading frames (ORF – janelas de leitura aberta). Pode se instalar em qualquer região do corpo, bastando haver uma porta de entrada através de micro-traumas da pele ou mucosa. Já se detectou o vírus não só na região genital, mas também extragenital como olho, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, reto, uretra e ainda no líquido amniótico. É uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) que atinge cerca de 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas, onde muito dos casos, podem evoluir para uma neoplasia do colo do útero. Os tipos de HPV oncogênicos estão associados a 99,7% dos casos de câncer do colo do útero. Os tipos de HPV oncogênicos são os sorotipos 16, 18, 31, 33, 45 e 56, responsáveis por mais de 80% desses casos. Os sorotipos 16, 18, 45 e 56 são vírus de alto risco; de risco intermediário, os sorotipos 31, 33, 35, 39, 51 e 52; e de baixo risco, os sorotipos 6, 11, 41, 42, 43, 44. O HPV tipo 6 apresenta uma freqüência três vezes maior que o tipo 11, e juntos perfazem um total de 86% dos condilomas. Em situações um pouco mais sérias, especialmente nas mulheres, o HPV pode provocar alterações discretas, perceptíveis apenas no exame de papanicolau. Se as alterações forem mais graves, as células atingidas pelo vírus começam a apresentar anormalidades indicando que não se trata de uma simples infecção. Alguns desses casos, felizmente poucos, apenas em 0,5% das mulheres infectadas, acabam evoluindo para um comportamento mais agressivo. As células perdem seu controle natural sobre o