Tcc Final
RESUMO
O presente artigo tem como questão centralizadora uma revisão bibliográfica acerca das psicoses não decididas na infância, à luz da psicanálise; assim como a discussão e análise dos resultados advindos dessa pesquisa. Através da apresentação de conceitos e teorias baseadas em autores de grande relevância sobre o tema, se propõe levar a uma reflexão teórica e metodológica quanto à práxis da clínica de saúde mental com crianças, visando a não conclusão indiscriminada e precoce de um diagnóstico de psicose infantil.
Palavras-chave: Psicose infantil, Psicose, Infância; Psicanálise.
INTRODUÇÃO
É notória uma necessidade cada vez mais frequente de se enquadrar e categorizar determinados comportamentos tidos como “anormais” em conjuntos ou classificações de transtornos e patologias mentais. De acordo com Ballone (2008), entendem-se como transtornos mentais e comportamentais as condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor (emoções), e/ou por alterações mórbidas do comportamento associadas a angústia expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico global. Essa necessidade de se determinar um diagnóstico clínico tem surgido tanto pela medicina, em decorrência de seu modelo biomédico e como forma de encaminhar para o tratamento adequado; como das próprias pessoas em se configurar em determinadas classes ou conceitos psicológicos.
Diante dessa variedade de transtornos mentais que se apresentam a partir do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ( Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders- DSM) e Classificação Internacional de Doenças(CID 10) essa pesquisa irá se ater em um transtorno chamado psicose. De acordo com o DSM, psicose é um estado alterado da personalidade caracterizado especialmente pela perda de contato com a realidade. Baseado no Vocabulário de Psicanálise de Laplanche e Pontalis (1988), no decurso do século XIX o termo