TCC CONTABILIDADE HOSPITALAR
Uma abordagem gerencial sob a ótica do custo industrial
Por: Sergio Silvestre Machado Pinto Teixeira
1. Introdução:
Em 1986, o autor deste artigo, que trabalhava para um dos maiores grupos da atualidade do setor de saúde, verificou a insatisfação dos executivos com o critério de custeio por absorção, modelo amplamente difundido na época pelo extinto CIP - Conselho Interministerial de Preços.
Os gestores do grupo decidiram buscar a implantação de um método mais eficaz, transparente, menos trabalhoso e sem o excesso de rateios questionáveis, como a implantação da gestão orçamentária por responsabilidade. Em função disso, buscaram um profissional oriundo do setor industrial, que pudesse implantar o critério de custeio por margem variável e a gestão orçamentária sob a ótica industrial em todo o grupo.
O autor pode em um ano completar a tarefa com a colaboração, participação e o apoio fundamental do médico Dr. Marcos Pedreira Fernandes.
Na época, essa metodologia que foi considerada uma inovação1, mas não foi difundida adequadamente às demais empresas do Setor. Os poucos profissionais que tiveram acesso acabaram perdendo o foco e a possibilidade de evoluir para o custeio por ordem de prontuário, como na indústria o custeio por ordem de produção. O sistema de custeio possibilita obter o custo real2 de cada paciente e não o custo médio, como também conduz a um melhor gerenciamento dos recursos ao permitir o cálculo do preço de venda. Há de se ressaltar que o custo real unitário na atividade hospitalar pode variar muito, mesmo comparando com a mesma enfermidade, por isso, a importância de se investir na evolução desta metodologia neste setor.
Considerando que essa experiência proporcionou um avanço na gestão do Setor de Saúde, o autor resolveu retomar o estudo em 2010, para que o assunto pudesse ganhar nova amplitude de discussão, abrir um novo horizonte sobre gestão e melhorias para o Setor de