Tabela
Introdução
Muitos são os processos químicos e operações unitárias que desenvolvem com a ajuda do estudo da passagem de um fluido através de leitos formados por partículas de diferentes tipos e funções. Essas operações unitárias necessitam de informações que possam caracterizar as partículas quanto à sua densidade, esfericidade, diâmetro, forma, porosidade do leito etc ¹.
Os meios que possuem canais pequenos através dos quais pode passar um fluido se denominam meios porosos ou leitos porosos. Portanto, um meio poroso é constituído por uma fase sólida contínua que contém poros ou espaços vazios e a porosidade do leito mede percentualmente os vazios existentes no leito ¹. É a porosidade que irá definir a velocidade intersticial do fluido, que geralmente alavanca os processos de transferência de calor, massa e quantidade de movimento e pode ser definida como a razão do volume de espaços vazios (Ve) pelo volume total (VT), descrita pela Equação 01 ²: Equação 01
Para leitos compostos por misturas de partículas, a porosidade depende da forma como os leitos são formados. Devido à natureza aleatória das misturas de partículas esféricas, a não esfericidade de algumas partículas, assim como os diferentes métodos de obtenção dos empacotamentos, estes exibem uma oscilação do valor da porosidade ².
Yu e Standish definiram dois mecanismos de construção de leitos para misturas binárias de partículas esféricas. Um mecanismo denomina-se por enchimento, onde a adição de um componente ao segundo não altera o esqueleto ou o número de pontos de contato das partículas do último. Este, denominado por componente controlador, terá na mistura a mesma porosidade enquanto puro. O segundo mecanismo designa-se por ocupação ou mistura, resultando da introdução de um componente, a alteração do esqueleto formado pelas partículas do outro. Existem nesta zona, interações entre as partículas de diferente tamanho, sendo os dois componentes