Tabagismo Associado Ao Envelhecimento Cut Neo Facial

1 REVISÃO DA LITERATURA

1.1 História do Tabaco

O tabaco começou a ser utilizado nas sociedades indígenas da América Central, por volta de 1.000 anos antes de Cristo, em rituais mágico-religiosos (PYHN, 2003). Por considerarem a planta sagrada, também era utilizada para fins medicinais, como enxaquecas, dores de estômago, para matar parasitas dentro e fora do corpo, sendo de uso restrito aos pajés. (CUNHA et al., 2007)
A planta cujo nome científico é Nicotiniana tabacum, chegou ao Brasil possivelmente pela migração de tribos tupis-guaranis. Os primeiros portugueses ao desembarcarem no país no século XVI, já encontraram o cultivo de tabaco praticado por quase todas as tribos indígenas. Neste mesmo século seu uso se disseminou por toda Europa, introduzido pelo diplomata francês Jean Nicot vindo de Portugal. Há relatos de que o tabaco foi utilizado para curar enxaquecas da rainha da França Catarina de Médici. (PYHN, 2003; CUNHA et al., 2007)
Somente no final do século XIX iniciou-se a sua industrialização e comercialização em forma de cigarro e charuto. Espalhou-se como uma epidemia por todo o mundo. No Brasil a folha do tabaco foi tão importante economicamente que até foi incorporada ao brasão da República (PYHN, 2003; CUNHA et al., 2007).

1.2 Tabagismo no Brasil e no Mundo

De acordo com Cunha (2007 apud INCA, 2003, p.5) diz o Instituto Nacional do Câncer (INCA) que no Brasil, um terço da população adulta é fumante, compreendendo aproximadamente 11 milhões de mulheres e 16 milhões de homens, a maioria na faixa etária dos 20 aos 40 anos. As estimativas mostram que o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano.
Atualmente no Brasil o imposto sobre o cigarro pode chegar a 81% do valor final de venda, sendo um dos mais altos do mundo. O maior consumo de tabaco está nas classes sociais mais pobres, com pouca ou nenhuma renda, provavelmente essa diferença se dá devido ao baixo nível de informações sobre os malefícios desencadeados pelo uso do tabaco (PYHN,