Sustentabilidade Lixo
Prof. Dr. Marcelo Flório
A Gestão Sustentável do Lixo
Para Refletir
Até meados dos anos de 1869, os paulistanos enterravam seu lixo no quintal de suas casas ou, então, utilizavam-no para adubar suas hortas, pois não havia serviço de coleta na cidade.
Em 1869, a prefeitura colocou nas ruas veículos de tração animal para a coleta do lixo domiciliar. Já em 1940 contava-se com
1.500 animais para a frota de lixeiros e, para tanto, cavalariços, selarias, cocheiras e pastos.
A Gestão Sustentável do Lixo
Geralmente o ser humano nunca se pergunta o que acontece quando quer se livrar de alguma coisa que não serve mais e quer jogar alguma coisa fora, como alimento, objetos de uso cotidiano, seja pessoal ou profissional.
Mas pensar sobre o lixo é, sobretudo, refletir sobre o destino do lixo e é uma discussão de sustentabilidade e, portanto, importante para o planeta na atualidade. Os Aterros Sanitários e o processo de decomposição do lixo
O lixo, segundo Luciana Leite de Miranda, quando colocado nos Aterros Sanitários, entram num processo de decomposição. Quando entra nesse processo, propriamente dito, vertem gases e chorume, isto é, um líquido escuro com cheiro forte e muito desagradável. O lixo brasileiro é altamente concentrado em matéria orgânica. O chorume é altamente poluente e o que acontece é que o solo retém certos componentes do lixo, atingindo até as águas subterrâneas como o lençol freático, o que gera a contaminação: um problema ambiental e de saúde pública, em que 50% é metano e 50% gás carbônico (Miranda, 1995, p.22-23).
A reflexão de Miranda faz com que fique evidenciado que o impacto ambiental do lixo sem critério, além de ter forma, cor e cheiro provoca poluição no solo, mas também no ar e na água. Segundo a autora: “No ar, pairam gases da decomposição do lixo: o odor é desagradável, doce e ácido, a fumaça é constante. O chorume penetra no solo e chega às águas subterrâneas, contaminando-as. Mesmo as águas superficiais, dos rios, podem ser