Surgimento da Sociologia
1. Considerações iniciais
A Sociologia é uma disciplina relativamente nova, que surgiu com o objetivo de sistematizar o estudo dos fenômenos sociais, identificando suas causas e apontando formas e solucioná-los quando se constituíssem em problemas para a sociedade. Desse modo, foi sendo construído, ao longo dos anos, um modo de pensar que estabelece naturalmente a ligação entre os diferentes indivíduos que formam as sociedades humanas, visualizando, assim, as estruturas sociais em que vivem. Os sociólogos, ou aqueles que utilizam a forma de pensar destes, buscam compreender as diferentes interações entre as pessoas para que possam estabelecer relações de causa e efeito dos diferentes fenômenos sociais e, assim, indicar para as organizações públicas e privadas maneiras de atender às necessidades dos indivíduos, buscar os seus direitos, estabelecer os seus deveres ou o que quer que seja para que a humanidade como um todo avance em busca de melhor qualidade de vida.
A sociologia surgiu, portanto, para compreender as mudanças ocorridas a partir de dois grandes acontecimentos interligados na História da Humanidade: A ascensão do conhecimento racional e o início do sistema capitalista de produção.
1. Conhecimento racional. Do que se trata?
O conhecimento científico, na atualidade, é amplamente aceito e convive com o pensamento religioso e com outras formas de conhecimento que exercem, também, influência sobre a humanidade.
Durante a Idade Média (século V ao XV), as únicas fontes de conhecimento eram o conhecimento popular e o da Igreja Católica, com predominância do pensamento religioso. A sociedade medieval pode ser chamada de teocêntrica, pois os preceitos religiosos guiavam a vida de todos. A Igreja possuía monopólio sobre a interpretação da Bíblia e as intenções de Deus, mantendo a centralidade divina como principal fonte de poder naquelas sociedades. Nesse longo período da história europeia, era difícil desafiar a Igreja