Strongyloides stercoralis
Morfologia
O estudo é feito através de suas fases evolutivas que podem ser vistas durante seu ciclo:
Fêmea partenofenética: apresenta corpo cilíndrico, filiforme, branco, com extremidades afiladas. Mede cerca de 2,2mm. Boca pequena, esôfago estreito e cilindrico. Vulva colocada no terço posterior do verme, da qual se origina um útero divergente; cada ramo possui 4 ou 5 ovos que são expulsos já com a larva dentro.
Larva rabditóide: Assim que a fêmea expulsa o ovo embrionário, a larva eclode, ainda na luz do duodeno. Dessa forma, nas fezes encontramos a larva rabditóide, a qual mede cerca de 200 micrômetros. Esôfago tipicamente rabditóide. Apresenta duas caracteristicasque a diferenciam da larva rabditóide dos ancilostomídeos: vestículo bucal curto, medindo 2 micrômetros, e primórdio genital nítido.
Larva filarióide: mede cerca de 500 micrômetros. Esôfago tipicamente filarióide. Apresenta a cauda ''entalhada'', o que a diferencia da larva filarióide de ancilostomídeo, que é pontiguada.
Macho de vida livre: merde cerca de 0,7 milimetros. Esôfago tipo rabditóide. Cauda recurvada ventralmente, vendo-se ainda dois espículos.
Fêmea de vida livre: mede cerca de 1,5 milimetros. Esôfago rabditóide. Vulva na região mediana com útero anfidelfo repleto de ovos.
Ciclo de vida
Esse helminto apresenta dois ciclos evolutivos, ambos monoxênicos: O primeiro é direto ou partenogênico, no qual as larvas rabditóides chegam ao exterior junto com as fezes. O segundo tipo é indireto ou de vida livre, ou sexuado, no qual as larvas rabditóides eliminadas chegam ao exterior junto com as fezes alcançando o terreno, transformam-se em machos e fêmeas de vida livre. Essas formas realizam a cópula e a fêmea inicia a ovoposição. Os ovos já no solo tornam-se embrionados. Em seguida, as larvas rabditóides eclodem, permanecendo em liberdade. Os fatores que determinam a existência desses dois ciclos são: a) condições de temperatura, isolamento e textura do solo, e b)