stepiloio papito
4044 palavras
17 páginas
UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEPPGS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA
TÓPICOS ESPECIAIS V – O PENSAMENTO POLÍTICO DE HANNAH ARENDT
“AS FORMAS DE SOCIABILIDADE JUDAICA NA EUROPA
OCIDENTAL DO SÉC. XVIII e XIX: ESTIGMAS, PARADOXISMOS E
ASSIMILACIONISMO”
PROFESSORA: MARIA FRANCISCA PINHEIRO COELHO
ALUNA: FERNANDA LOBO
AGOSTO/2012
Resumo:
Este trabalho pretende desenvolver uma breve reflexão sobre o contexto de discriminação social em relação aos judeus na Europa Ocidental no século XVIII e XIX e o processo de assimilação ocorrido nessas circunstâncias. Não obstante, sua intenção não é denuncista.
Em “As origens do totalitarismo”. especificamente no capítulo “ Os judeus e a Sociedade”,
Hannah Arendt mostra como na Europa Ocidental do final do século XVIII, a emancipação política do judeus gerou a intensificação dos conflitos sociais através do acirramento do anti-semitismo ,da discriminação social e da assimilação.
Neste ambiente de tensão, a
representação da sociedade sobre os judeus era notoriamente estigmática e curiosamente paradoxal, oscilando entre o extremo “positivo” e o extremo negativo, quer dizer, entre a exclusão e o acolhimento, o prestígio e a exasperação. Conseqüentemente como veremos, a distorção e a paixão inerentes a esse tipo de caricatura social influíram tanto na esfera pública , quanto na esfera privada da vida social dos judeus, causando um caos intermitente entre ser e não ser.
Palavras – Chave: emancipação, sociabilidade, assimilacionismo, estigmas e descriminação social.
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Introdução:
A emancipação política dos judeus foi produto de um processo histórico, político e social ocorrido em alguns países da Europa Ocidental, inspirado no igualitarismo e na liberdade natural do Iluminismo e do Liberalismo, culminou com a promulgação de uma lei particular que os admitia oficialmente na sociedade civil européia através do reconhecimento de seus direitos de cidadania. Mas, que na