Um jovem corretor de imóveis londrino é enviado para a Europa central pelo seu chefe para negociar com um nobre romeno interessado em adquirir uma propriedade na Inglaterra. Chegando lá, o negócio se concretiza, apesar de estranhos fatos que, a pouco e pouco, aterrorizam o pobre funcionário. De volta à Londres, o rapaz percebe uma correlação entre preocupantes acontecimentos noticiados pela imprensa local, tristes ocorrências no seu círculo de amizades e a chegada do nobre à cidade. O nobre se chama Conde Dracula. O grupo de amigos, dentre os quais se destaca o médico Seward e seu ex-professor dos tempos de faculdade, Dr. Van Helsing, se organizam para desarticular o plano de Dracula, interessado em reproduzir na maior cidade de então o mesmo domínio que exerce sobre os habitantes da Transilvânia. Jonathan Harker, o corretor que se hospedou no castelo de Dracula, e sua noiva, Mina, também participam da caçada ao vampiro. A segunda metade do livro é extremamente ágil, sendo normalmente lida em um só fôlego. Escrito em 1897, este livro está impregnado dos valores da época. A Europa começava a se recuperar de uma longa depressão econômica (1873-95), estando às vésperas da ?Belle Epoque?. O mundo ainda não havia conhecido os horrores das guerras mundiais; faltavam 20 anos para eclodir a revolução russa; o avião ainda não havia sido inventado e a energia elétrica ainda não havia se difundido às massas; a Inglaterra ainda era a maior potência internacional, sem ter consciência de que entre 1914 e 1945 a ordem mundial sofreria mudanças irreversíveis no que tange à importância da coroa britânica. Enfim, Dracula de Bram Stoker acaba sendo um documento histórico que registra um mundo que estava prestes a deixar de existir. Hoje, Dracula certamente pensaria em ir para New York.