Sonda de perfuração
Os alunos, em geral, demonstram grandes dificuldades para redigir textos coerentes e se expressarem tanto escrita quanto oralmente de maneira formal. O estudo da Língua portuguesa atualmente não estimula os alunos a leitura e ao exercício de escrever textos que sejam representativos da atividade de comunicação social do dia-a-dia.
Professores, alunos e o público interessado em conhecer explicitamente certas questões da linguagem não encontram livros sobre o assunto com linguagem acessível ao público menos especializado.
Os livros didáticos não enfocam questões textuais, enfocam da parte gramatical, e quando tratam de textos os apresentam como objeto.
O ensino que a escola assume possui algumas insuficiências no que toca ao ensino das habilidades de escrever. São algumas dessas insuficiências:
• A primazia da oralidade em sala de aula, às vezes restrita ao informal;
• A insignificância das atividades de leitura;
• A prática da escrita se dá com finalidade escolar, sem perspectiva social, artificializando as condições de produção dos textos;
• Estreiteza na hora de redigir um texto formal, encontram-se dificuldades para planejar o que será dito e para revisar o que foi dito.
Podemos dizer que o processo de escrever é:
• Uma atividade de interação;
• Uma atividade cooperativa;
• Uma atividade contextualizada;
• Uma atividade necessariamente textual;
• Uma atividade tematicamente orientada;
• Uma atividade intencionalmente definida;
• Uma atividade que envolve, além de especificidades da língua, outras, pragmáticas;
• Uma atividade que se manifesta em gêneros particulares de textos;
• Uma atividade que retoma outros textos;
• Uma atividade em relação de interdependência com a leitura.
A atividade de escrever se dá em três momentos: o do planejamento, o da escrita e o da revisão. Um texto não pode ser escrito em uma única versão, e, as aulas de redação não permitem que os alunos desenvolvam essa atividade da maneira correta.
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