Socrates
Sócrates valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas orientando-a para os valores universais, segundo a via real do pensamento grego. Reformulou a filosofia grega, fazendo com que a busca de conhecimento, antes centrada no estudo da natureza, passasse a ocupar-se do homem e das suas ações.
Ele formou a sua instrução, sobretudo através da reflexão pessoal, na moldura da alta cultura ateniense da época, em contato com o que de mais ilustre houve na cidade de Péricles. Passou a ensinar em praça pública, sem cobrar pelos seus ensinamentos, ao contrário do que faziam os sofistas. Seu método consistia em fazer perguntas que têm por objetivo, em primeiro lugar, revelar as contradições presentes na atual forma de pensar, normalmente baseadas em valores e preconceitos da sociedade, e auxiliar a redefinir tais valores, aprendendo a pensar por si mesmo.
Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e sua inteligência, também colaboraram para o aumento de sua popularidade. Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como um inimigo público e um agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC.
Apesar de nunca ter escrito uma obra, a atividade filosófica de Sócrates está documentada nos livros do também filósofo grego Platão. Os célebres diálogos de Platão incluem o "Êutifron", o "Critão", o "Fédon" e "Um Banquete". Em todos eles, Sócrates aparece como personagem.
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