Sociologia e Rachel Sherazade

Em qualquer evento social, a Sociologia faz suas análises particularmente diferenciadas daquelas outras que os sociólogos denominam como “senso comum”; estas teriam como base experiências pessoais, portanto seriam muito subjetivas e diretamente ligadas a preconceitos e preferências. Se o mundo fosse compreendido a partir deste “senso comum”, as informações que estariam disponíveis seriam bastante limitadas, pois seriam baseadas em experiências imediatas e limitadas das pessoas, podendo refletir algum grau de preconceito, tradições e convenções sociais, fortalecendo estereótipos reforçados pela mídia, gerando explicações individualistas e naturalizadas do comportamento humano. Tudo isto carecendo de verificação e validade científicas.
Em contraposição ao “senso comum”, o pensamento sociológico se considera baseado em rigorosa pesquisa científica e em evidencias, demonstrando que as soluções não podem ser “simplistas”, mas são bastante complexas pois exigem mudanças sociais e desafios aos estereótipos. Os comportamentos humanos podem ser explicados pelas forças sociais que são muito poderosas e determinantes.
No caso em questão, a jornalista Rachel Sheherazade foi criticada e sua análise foi colocada na categoria de “senso comum”, contrária à “análise sociológica”. Cabe destacar que fenômeno da criminalidade cresce a cada dia e que o Estado não pune com rigor os criminosos, quando consegue prende-los. A violência na sociedade aumenta perante a sensação de impunidade.
O Estado brasileiro, se pretende avançar democraticamente, deve respeitar a vontade popular, que é soberana. E o povo pede leis mais severas e punição exemplar, inclusive com a adoção da pena de morte. A Sociologia, que considera o senso comum como uma forma de conhecimento falso que deve ser rompida pelo “conhecimento científico, racional e válido” deveria se auto avaliar e eliminar o pensamento de esquerda que se entranhou em suas estruturas. O discurso da Sociologia, contaminado pelo