Socio
No capitulo II vemos a importância da Sociologia, uma disciplina que possui intenções cientificas para tentar solucionar o conflito existente entre a possibilidade de ver a sociedade como uma estrutura com poder de coerção e de determinação sobre as ações individuais e a de ver o individuo como agente criador e transformador da vida coletiva.
Nesse sentido temos que destacar a importância de um dos mais influentes pensadores da sociologia da educação, o francês Emile Durkheim que definiu o objeto da sociologia que são os fatos sociais.
Ele desmembrou esses fatos sociais de três formas: A primeira é a coerção exterior, que é a força que os fatos exercem sobre as pessoas e que levam os indivíduos a conformar-se com as regras impostas pela sociedade independente de sua vontade; em segundo vem a exterioridade, ou seja, os fatos existem e atuam independente de sua adesão, eles são exteriores aos indivíduos; e a terceira característica do fato é a imperatividade. "É social todo fato que é geral", se repete na maioria dos indivíduos.
O sociólogo ensina que só existe uma forma de conhecer os fatos que estão ao nosso redor, é criarmos em nossa mente uma representação mental que podem ser individuais ou coletivas. As representações coletivas são concebidas como formas de consciência que a sociedade impõe aos indivíduos. Essa definição aparece no livro Da divisão do trabalho social: trata-se do "conjunto das crenças e dos sentidos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade" que "forma um sistema determinado como vida própria" (p.342).
Segundo Durkheim a sociedade necessita de um consenso para existir, pois sem isso não há cooperação e consequentemente vida social. Ele dividiu a sociedade em solidariedade mecânica ou orgânica. Mecânica é aquela encontrada em tribos de índios, por exemplo, quando pessoas integram e compartilham as mesmas tarefas, isso une umas as outras. Ocorre o oposto quando falamos em solidariedade orgânica,