Sociedade civil
Muitos autores (COELHO, 2002; GOHN, 1997; GONÇALVES, 1996;) têm remetido a causa deste novo contexto à crise do chamado welfare state. Segundo Coelho (2002) devido à insuficiência de resposta do welfare state para resolver os problemas sociais, a sociedade civil passa a ser demandada a participar da solução destas questões.
No Brasil, estas transformações possuem suas especificidades. A sociedade civil é vista prestando serviços sociais desde o início do século XX. Porém, uma mobilização mais explícita e com resultados mais contundentes tem acontecido a partir de dois movimentos. A queda do regime militar, reordenando as forças político-sociais em blocos partidários, e as práticas de políticas desestatizantes, sendo muitos serviços assistenciais terceirizados pelo Estado.
Neste contexto, tomam cada vez mais importância os organismos da sociedade civil denominados, ONG’s – Organizações Não Governamentais. Estes organismos passam a ter crescente relevância na prestação de serviços e ampliam sua presença na sociedade, tornando-se essenciais para o exercício das atividades do Estado junto à população.
Frente ao reconhecido papel que as ONG’s têm exercido, uma questão importante se refere à gestão destas organizações. A gestão nas Organizações Não Governamentais encontra-se num campo complexo com desafios singulares, diferentes daqueles vividos na Administração Pública e Privada. Mas, a despeito das dificuldades, a atividade de gestão pode capacitar a organização a proporcionar o impacto social demandado e ainda manter sua identidade e coesão organizacional, requisitos para a continuidade de seu trabalho.
Diante da atuação central da gestão no desempenho do papel de atores tão importantes no cenário atual, apresenta-se o seguinte problema: “Como