Socialismo E Planejamento Estatal

Socialismo e planejamento estatal: I Guerra, GOSPLAN, New Deal às experiências posteriores.
Ao final do século XIX e início do século XX, precedendo a primeira Guerra Mundial, a maior parte do mundo ocidental tinha sua economia baseada e regida por um pensamento liberal clássico, que, naquele momento histórico, apresentava bons resultados. O crescimento econômico era pujante, a produção alcançando níveis antes nunca esperados e o mercado internacionalizado como nunca fora anteriormente.
Em 1914, entretanto, se iniciava o conflito que seria o pontapé inicial para enormes mudanças políticas e econômicas em todo o mundo. A guerra, extremamente dispendiosa, tanto em recursos humanos quanto monetários, mobilizou as economias das potências ocidentais da Europa para a máquina de guerra, o que viria a desestabilizar suas economias, mas não o bastante para forçá-las a retirar-se da guerra. A Rússia Czarista, atrasada e predominantemente agrária, no entanto, não teve o mesmo destino. A sua participação na guerra, encontrando diversas dificuldades e revezes em face da potência bélica alemã, jogou-a num processo revolucionário, retirando-a da guerra, o que culminaria na URSS, primeira experiência socialista em grande escala de relativo sucesso a ser vista na história.
Enquanto o caos e a catástrofe da guerra se faziam presentes por toda Europa os EUA, que haviam experimentado uma moderada recessão nos anos de 1913-14 agora viviam um bom momento econômico. Distantes do combate, importavam muita matéria prima e exportavam ainda mais bens de consumo, com sua indústria em constante crescimento, sendo importante notar que a necessidade das nações em guerra por bens e empréstimos seria crucial neste desenvolvimento da indústria americana. Posteriormente, em meados do ano de 1917, os EUA até então neutro, tomaria parte da guerra lutando ao lado das forças aliadas, em decorrência da estratégia alemã de bloqueio total do comércio marítimo com a Inglaterra, estratégia esta que