Socialismo utópico
Século XIX: pleno movimento da Revolução Industrial. Plena insatisfação.
Movimentos operários como o Ludismo, Swing e Cartismo deram origem aos críticos ao progresso industrial e esses propunham as reformulações sociais e a construção de um mundo mais justo. Embora ainda impregnados pelo pensamento liberal, esses teóricos acreditavam que pudesse haver um acordo entre as classes e as soluções elaboradas para esse objetivo não constituíram uma doutrina, mas sim modelos idealizados e que retomavam ainda a obra “Utopia” de Thomas More. Portanto, foram chamados de pensadores utópicos, os primeiros a formularem o pensamento socialista.
Os socialistas utópicos acreditavam que a implantação do sistema socialista ocorreria de forma lenta e gradual, estruturada no pacifismo, inclusive na boa vontade da própria burguesia. Eram estes: Conde Claude de Saint Simon, Charles Fourier e Robert Owen.
O Conde Claude de Saint Simon propôs em sua obra “Cartas de um habitante de Genebra a seus contemporâneos” a formação de uma sociedade na qual não haveria ociosos (militares, clero, nobreza, etc.) e nem a exploração econômica de grupos e indivíduos por outros. Também propôs uma sociedade dividida em três classes: os sábios (savants), os proprietários e os que não tinham posses. Essa sociedade seria governada por um conselho de sábios e artistas.
Fourier cria que era necessário acabar com o capitalismo e criar “mini comunidades socialistas” – falanstérios ou falanges– espaços autossuficientes através da indústria e que fossem regidos por uma assembleia encarregada de dividir a carga horária de trabalho. Suas críticas foram principalmente voltadas às posições que justificam e perpetuam o sofrimento humano como é o caso do cristianismo, do conservadorismo ou do niilismo.
Perspectiva de um Falanstério. As áreas rurais e os jardins não estão representados. Autor: Victor Considérant.
Owen tentou colocar suas ideias em prática após galgar diferentes degraus da